Publicado em: 29/11/2021
AFTOSA: COM
DIFICULDADE PARA COMPRAR VACINAS, SP PRORROGA CAMPANHA DE IMUNIZAÇÃO
Faesp mostra
preocupação com a oferta de vacinas para este ano. Federação também recebeu
informes de que a vacina subiu de preço
Febre aftosa
A campanha
contra febre aftosa em bovinos e bubalinos no estado de São Paulo ganhou novo
prazo. Atendendo uma solicitação da Federação da Agricultura do Estado de São
Paulo (Faesp), que alegou dificuldade na compra de vacinas, o Ministério da
Agricultura (Mapa), estendeu o prazo da campanha até o dia 31 de dezembro deste
ano. O prazo se encerraria nesta terça (30).
Em comunicado,
a Faesp ressaltou que os produtores paulistas são os principais interessados em
cumprir todas as normas sanitárias. A entidade lembra que o último foco de
febre aftosa no estado ocorreu há 26 anos e o sucesso da erradicação se deve,
em grande parte, aos pecuaristas, que realizaram com eficiência a imunização
dos animais durante as campanhas movidas pelos órgãos sanitários”, afirma o
presidente da Faesp, Fábio de Salles Meirelles.
O Mapa
prorrogou o prazo com o propósito de evitar o comprometimento nos resultados da
etapa de vacinação contra a aftosa. A Faesp recebeu informações de sindicatos
rurais de que muitos produtores não conseguiram adquirir vacinas em razão da
falta do produto nos postos de revenda, A Federação também recebeu informes de
que a vacina subiu de preço. Na campanha passada, a entidade apurou um teto de
R$ 1,60 a dose. Houve informações de produtores pagando até mais de R$ 2 por
dose.
A vacinação
contra aftosa nessa etapa é obrigatória para bovinos e bubalinos com até 24
meses de idade. Depois de vacinar o animal, o pecuarista tem de lançar a
informação no Sistema Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave) por meio do
seu cadastro.
Segundo
levantamento feito pela Faesp, a disponibilidade de imunizantes contra a aftosa
foi prejudicada neste ano. Foi constatado que nos municípios de Monte
Aprazível, Brotas, Cruzeiro, Cachoeira Paulista e Patrocínio Paulista houve
reclamações de falta de doses de vacinas, com uma situação anormal para este
período. Em Barretos, foi apurado que somente uma revenda comercializava o
produto, também uma situação atípica para a época.
Já em
Araçatuba, as cooperativas realizaram grandes compras de imunizantes contra a
afotsa, e dessa maneira os médios e grandes produtores foram abastecidos no
começo da campanha. Mas não havia disponibilidade de frascos com poucas doses,
o que dificultou a vida dos pequenos produtores.
A produção do
imunizante contra aftosa é solicitada pelo Mapa junto a entidade que representa
os fabricantes. Essa solicitação já contempla o volume necessário para condução
das duas campanhas ao longo do ano. Por isso, em tese, não deveria ocorrer a
falta de vacinas. Contudo, em campanhas anteriores, problemas de logística e
distribuição acabaram prejudicando o acesso dos produtores rurais à vacina.
Fonte: Canal Rural
https://www.canalrural.com.br/noticias/sao-paulo-prorroga-campanha-aftosa/