Publicado em: 25/01/2021
O movimento de valorização
da arroba segue em marcha alta. Segundo os dados divulgados pelo Cepea, Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada, o valor da arroba atingiu o maior patamar da
história, R$ 297,05/@, configurando uma alta quase R$ 35/@ nos últimos 25 dias
de janeiro.
Na última semana, a valorização fez com que o patamar de R$
300,00/@ se consolidasse como um valor de referência para as
negociações nas praças de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Sendo assim, é momento de ter atenção com a
pressão baixista!
Segundo os dados da Scot
Consultoria, durante a semana passada, a cotação do boi gordo subiu 3,5%, com
oferta restrita e com poucos negócios. Fato que vem se repetindo em grande parte
das praças pecuárias brasileiras.
Confirmando o cenário de valorização, segundo o app Agrobrazil, as negociações foram pautadas no valor de
R$ 300,00/@. O destaque ficou para o boi a termo, que em Lins/SP, chegou ao preço de R$
303,00/@ com abate programado para o dia 26 de fevereiro e com pagamento a
prazo de 7 dias.
Como mencionado aqui no Portal, não há motivos que venham trazer
pressão de baixa no atual preço praticado nas negociações do boi gordo. A falta
de animais para abate é muita clara nesse momento e a chuva que ajudou na
recuperação das pastagens nas importantes regiões, trouxe folga para que o
pecuarista conseguisse reter esse gado na propriedade, vendendo compassadamente
seus animais prontos.
No entanto, boa parte das indústrias frigoríficos continua a cadenciar o ritmo de
suas compras de gado gordo, optando por operar com capacidade
de abate reduzida ou intercalando os dias de abate por meio da realocação de
suas programações com base em ofertas adquiridas anteriormente.
Segundo a consultoria, a extrema cautela das indústrias reside na
inconsistência do consumo doméstico, que sofre impactos gerados pelo típico
efeito sazonal (período de menor poder aquisitivo da população), com adição do
momento crítico vivido pelo País (como elevado nível de desemprego, fechamentos
redes de restaurantes e hotelarias – tudo isso reflexo gerado pela pandemia da
Covid-19). Mesmo com o maior fluxo das exportações, frigoríficos alegam muita
dificuldade de repasse dos custos operacionais, diz a IHS.
Atenção produtor
Os pontos que agora devem ser observados, diante de um mercado
trabalhando com margens apertadas, tanto produtor quanto indústria, é o seu
planejamento. Buscar negociações que possam ser pautadas em uma estratégia de
negócio, da compra a venda.
A reposição segue valorizada e os insumos também estão
encarecidos, diante disso, é preciso pensar em uma venda do boi gordo que possa
proporcionar o “fechamento” das contas.
Sendo assim, de forma resumida, a pressão de baixa
com notícias de consumo abalado, exportação reduzindo o volume e, até mesmo,
casos de raiva no rebanho, já estão começando a chegar. Se atente as
estratégias e vamos nos unir!
Via Compre Rural