Publicado em: 14/08/2021
O mercado físico de boi gordo registrou preços
estáveis nesta sexta-feira, 13, mesmo com uma grande pressão das indústrias
ofertando preços abaixo da referência, porém sem sucesso. Os preços se
acomodaram, enquanto o ambiente de negócios pouco mudou, mas a oferta restrita
de animais que começa a chegar as praças pode impulsionar uma nova alta nas
cotações!
“As programações de abate mais
tranquilas sustentaram os preços do boi gordo e da vaca gorda sem a necessidade
de ofertas de compra acima da referência”,
acrescenta a Scot Consultoria, referindo-se ao comportamento do mercado de São
Paulo, principal referência de negócios para outras regiões brasileiros de pecuária.
Ainda segundo a Scot Consultoria, a cotação da
novilha gorda caiu R$1,00/@ no comparativo diário, com uma menor demanda pelos
compradores para a categoria. Desta forma, boi, vaca e novilhas gordos estão
cotados a R$317,00/@, R$293,00/@ e R$311,00/@ respectivamente, preços brutos e
a prazo.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou
uma média geral a R$ 314,17/@, na sexta-feira (13/08), conforme dados
informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça
de Goiás teve média de R$ 303,98/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$
310,75/@.
O Indicador do Cepea apresentou grande
valorização no fechamento de ontem e os valores saltaram de R$
314,30/@ para o patamar de R$ 317,35/@, uma alta de 3,08% na comparação
diária. O indicador parece ter se estabilizado, seguindo a mesma
tendência das demais consultorias!
Segundo a IHS, os relatos de escassez de ofertas de
boiadas gordas crescem no mercado nacional conforme os primeiros lotes
provenientes dos confinamentos são absorvidos pelos compradores. O
abate excessivo de fêmeas registrado no passado recente explica, em parte, o
atual quadro de escassez de boiadas no País. Esse fator pode trazer
uma melhora nos preços da arroba na lacuna entre primeiro e segundo giro do
confinamento.
Escala de abate em “equilíbrio”
Apesar do avanço da estação seca e a redução das pastagens os frigoríficos não encontram dificuldades em manter as programações de abate em um nível confortável, a média nacional continua em 9 dias úteis. Veja:
Para o último trimestre, a demanda de carne bovina será fundamental para o boi gordo estabelecer novos pontos de máxima, com importante limitação do consumo doméstico em torno da incapacidade do brasileiro médio em absorver novos reajustes da carne bovina, simplesmente migrando para proteínas mais acessíveis (carne de frango). “Em relação à demanda externa, o fator a ser considerado é o comportamento da China no mercado internacional durante o período”, disse o analista.
No segundo trimestre de 2021 (abr-jun), os abates de bovinos alcançaram 7,07 milhões de cabeças no País, com recuo de 4,5% frente ao resultado computado no mesmo período de 2020, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Consumo interno e exportação
Além disso, diz a consultoria, a procura pela proteína brasileira no mercado internacional surpreendeu positivamente neste mês, apesar do aumento sazonal das exportações no segundo semestre do ano já ser esperado pelos agentes do setor.
Na primeira semana de agosto, o volume embarcado alcançou 57,7 mil de toneladas, com uma média diária de 11,5 mil toneladas/dia, avanço de 48,6% em relação à média de agosto/20 e 53,1% superior à média diária registrado em julho/21, segundo dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Fonte: Compre Rural
https://www.comprerural.com/arroba-fecha-semana-a-r-320-mas-pode-subir-muito/