Publicado em: 08/12/2021
CENSO DE CONFINAMENTO DSM REGISTRA CRESCIMENTO DO REBANHO
CONFINADO NO BRASIL
A pecuária de corte do Brasil registrou 5,26 milhões de
bovinos confinados em 2019, valor 10,7% superior ao rebanho confinado em 2015
O número desse ano mostra um crescimento de 2% sobre o
registrado ano passado, que foi de 5,18 milhões de bovinos, e 10,7% superior ao
rebanho confinado em 2015, quando a DSM começou a fazer esse levantamento e
contabilizou um total de 4,75 milhões de animais confinados, e 40,3% ao de
2016, quando foi registrado o menor volume.
Regionalmente, o Censo mostrou que as regiões Centro e
Sudeste (onde se destacam SP, MG, GO, MS e MT) continuam com o maior número de
bovinos confinados, com total de 3,83 milhões. A região Norte veio em segundo
lugar com 597 mil animais, seguida pelas regiões Nordeste e Sul, com 372 mil e
340 mil bovinos, respectivamente.
“O levantamento da DSM comprova que o pecuarista brasileiro
está cada vez mais atento para a produtividade do rebanho. Notamos que, em
função de uma série de benefícios proporcionados pelo confinamento, é cada vez
mais comum a opção por esse sistema para a terminação de bovinos de corte”,
comenta o zootecnista Marcos Baruselli, gerente de categoria Confinamento da
DSM, e pontua que esse volume poderia ser ainda maior por dois fatores: 1)
chuvas abundantes no outono esse ano; e 2) o preço do milho mais alto que o
previsto.
Sobre o primeiro ponto, o especialista da DSM lembra que,
como geralmente as chuvas no Brasil Central (onde estão algumas das principais
regiões de pecuária do País) começam a ficar escassas em abril, é um fato
incomum na região as chuvas se estenderem até junho, como ocorreu esse ano,
deixando os pastos verdes por um período mais longo e afetando a decisão dos
produtores sobre o momento de confinar os animais, que ocorre nos meses mais
secos. “Nesse ano, percebemos que tivemos um primeiro giro de confinamento
menor e um segundo giro maior, com um número maior de animais confinados. E
grande parte dos confinadores fez apenas um giro”, informa Baruselli.
A respeito do preço do milho, apesar do recorde de produção
esse ano, o grão foi muito exportado e o preço da saca girou em torno de R$
40,00, quando o esperado era de R$ 30,00. “De janeiro a setembro, as
exportações de milho chegaram a 30,1 milhões de toneladas, um volume 138,4%
superior ao comparado com igual período do ano passado. A safrinha, por
exemplo, foi praticamente toda exportada”, comenta o especialista. Porém, ele
pontua que mesmo com o custo da ração mais alto, os confinadores que adotaram
tecnologias na nutrição animal tiveram resultados muito positivos em termos
zootécnicos e de rentabilidade.
Perspectivas positivas
A rentabilidade do confinamento nesse ano é a maior desde
que a empresa começou a monitorar esse índice em 2015, no Tour DSM de
Confinamento, que é a maratona de dias de campo em que os especialistas da
companhia mostram os resultados zootécnicos da aplicação das suas tecnologias
na dieta dos bovinos confinados e o time do Cepea/USP apuram os índices
financeiros desse sistema produtivo.
“Nesse ano, percebemos uma rentabilidade superior a 10% no
período do confinamento, o que dá uma média acima de 3% ao mês, que chega a ser
superior à média aferida no Tour DSM de Confinamento que, embora alta, é de
2,7% ao mês”, conta Braruselli, que atribui esse indicador positivo ao preço
recorde da arroba que, em outubro, bateu em R$ 181,40 para o mercado futuro nas
negociações na B3. “Com o custo de produção da arroba no confinamento entre R$
120,00 e R$ 130,00, o preço alto da arroba atualmente e no mercado futuro gera
boa margem”, completa.
Fonte: Canal Rural
https://www.canalrural.com.br/noticias/censo-dsm-registra-crescimento-do-rebanho-confinado-no-brasil/